sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
sábado, 24 de janeiro de 2015
SOLENIDADE DE POSSE NA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA - 23/01/2015
SOLENIDADE DE POSSE NA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA (ACM)
Ontem, dia 23 de janeiro de 2015, às 20h, no Auditório Castelo Branco da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), a Academia
Cearense de Medicina (ACM) realizou a
solenidade de posse de dois novos acadêmicos: Dr. José Huygens Parente Garcia e o Dr. Oswaldo A. Gutierrez Adrianzén ocupantes, respectivamente, das Cadeiras 13 e 23, patroneadas pelos médicos José Fernandes Teles e Alísio Borges Mamede.
A
solenidade foi presidida pelo presidente da ACM, Acadêmico Vladimir Távora Fontoura Cruz. Os novos membros foram saudados pelo Acadêmico João Martins de Souza Torres. Parabéns aos novos imortais de nossa Arcádia.
Novos imortais - Dr. Oswaldo Gutierrez e Dr. José Huygens |
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
CONVITE - INAUGURAÇÃO DO NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS - UFC
Prezados
Confrades e Confreiras
Gostaria de
convidá-los para a inauguração do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de
Medicamentos da UFC. Será uma grande honra poder contar com a presença de
todos. Estou enviando algumas fotos em anexo para aqueles que não puderem
comparecer.
Atenciosamente,
Odorico de
Moraes
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
POR: FLAVIO LEITÃO - DISCURSO - ARTHUR ENÉAS
Dr. Flávio Leitão - Secretário Geral da Academia Cearense de Medicina |
03.12.14
Exmo Sr. Presidente da Academia Cearense
de Medicina, em nome de quem saúdo toda esta colenda mesa,
Caríssimas Confreiras,
Prezados Confrades,
Distintas famílias dos homenageados desta
tarde engalanada
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Em 1940, quando o mundo amargava
timidamente os devaneios bélicos de um psicopata austríaco e político alemão que
se divertia no segundo consecutivo ano
da segunda guerra mundial; quando no
Brasil o controverso Presidente Getúlio Vargas via entrar em vigor a Lei do
Salário Mínimo que ele promulgara 4 anos antes e o novo Código Penal que
persiste inalterado até hoje; quando a
música popular brasileira via Pixinguinha ter dificuldade em sustentar sua
sonorosa flauta em virtude do degradante e destruidor vício do alcoolismo e se via
obrigado a optar pelo saxofone porque
lhe ficava preso ao pescoço; quando na riquíssima
e inigualável literatura brasileira o gaúcho Mário Quintana estreava com “Rua dos Cataventos” e o médico e escritor
mineiro, dentre outras virtudes, memorialista e historiador, Pedro Nava presenteou-nos
com “O Defunto”, afirmando na primeira
estrofe : Quando
morto estiver meu corpo, / Evitem os inúteis disfarces, /Os disfarces com que
os vivos,/ Só por piedade consigo, / Procuram apagar no Morto/ O grande castigo
da Morte; quando, por fim, a provinciana
capital do Estado do Ceará tinha exatamente 180.185 almas e era gerida pelo
prefeito Raimundo de Alencar Araripe, neste contexto sócio-político-histórico mundial,
precisamente no dia 17 de janeiro enriquece-se a família do médico-radiologista
Arthur Enéas Vieira com o nascimento do
seu segundo filho que sua esposa - Stela Leitão -, generosamente o presenteava,
entre risos e dores.
O pai não se furtaria à justificada vaidade de batizá-lo
com o seu próprio nome, já que não tivera esse desejo satisfeito, quando do
nascimento de seu primogênito – Luciano -.
Assim, nasceu
para uma vida prazerosa e irradiante de feitos magnânimos o nosso confrade – Arthur Enéas Vieira Filho -, cujo panegírico faço agora a mando do
ilustríssimo presidente desta Arcádia – Árcade Vladimir Távora Fontoura Cruz.
A determinação do Presidente deveu-se, claro, muito mais por saber da amizade que Arthur e
eu nutríamos, do que por ver em mim qualidades de orador.
Arthur Enéas Vieira Filho realiza sua instrução
pré-universitária em dois colégios cristãos o 7 de Setembro e o Cearense do
Sagrado Coração.
Cumpre sua obrigação como cidadão brasileiro fazendo o Serviço
Militar no antigo CPOR, no Corpo de Saúde do Hospital Militar de Fortaleza.
Obtém o diploma de médico, seguindo os passos do irmão
mais velho – Luciano - e seria posteriormente imitado na escolha da dignificante profissão
hipocrática, pelo irmão que lhe sucede - Antonio Enéas -, bem como pela caçula
– Tereza Maslowa -.
A obtenção do diploma da profissão de Esculápio se dá
no ano de 1964, o primeiro da ditadura
castrense que permaneceria no poder por mais de vinte anos. Completaria este
ano, cinquenta anos de formado!
Lutador, Arthur não se contenta com a aquisição deste
galardão e procura engrandece-lo, burilando seus conhecimentos como Interno do
Jackson Memorial Hospital da Miami University, na Flórida, posição que ascende por
concurso.
Terminado o estafante Internato passa, igualmente por
concurso, para a Residência de Radiologia, no mesmo hospital em que fizera o Internato,
desta feita sob orientação do famoso e exigente Professor Philip Hodes,
chegando a ser Residente-Chefe do
Departamento de Radiologia.
Em 1971, já casado com Cecilia Targino, volta aos
EEUU, dando vazão ao seu perfeccionismo
profissional, realizando curso de Medicina Nuclear na National Naval Medical
School em Bethesda – Maryland e Curso de Correlação Radiologia-Patologia, no
Armed Forces Institute of Pathology,
Washington, D.C.
Ao final de duas
estadas nos EEUU recebe o honroso diploma Physician’s Recognition Award, por educação
médica ininterrupta.
De volta ao Brasil, conquista, mais uma vez por concurso,
o honroso título de especialista em radiologia pelo Colégio Brasileiro de
Radiologia em provas escrita e oral e passa a ser Radiologista do Serviço de
Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, chegando
a Chefe do Serviço de Radiologia do Hospital Universitário Walter Cantídeo
(HUWC), onde lecionou por vários anos.
No decorrer de sua vida como radiologista
frequentou dezenas de cursos de especialização na sua especialidade, proferiu
incontáveis palestras tanto em congressos como em cursos de especialização para
médicos residentes, esteve sempre rodeado por estudantes de medicina sequiosos
em absorverem um pouco do extenso cabedal de conhecimento que dominava na
especialidade de radiologia geral e que ele compartilhava com orgulho e a magnanimidade
dos bons, com seus alunos.
Minhas senhoras, meus senhores! Ficou
profundamente marcada em minh’alma o conselho que o poeta romano Públio Virgílio
Marão deu a Dante quando, na segunda cornija do purgatório, a dos invejosos,
vendo Dante aquela multidão de cegos com as pálpebras costuradas com arame e
ansioso por contatar-lhes para saber o motivo de tão duras penas, ouviu de seu
guia: “parla, e sie breve e arguto”.
Assim, justifico o pouco tempo da minha
fala omitindo a descrição de inúmeras
virtudes do confrade Arthur Enéas Vieira Filho, próprias de alma nobre e
generosa, deixando de enaltecer seu reconhecido
altruísmo e a grandeza de seu espírito, fazendo apenas pálida menção ao
pai extremoso, que recebeu das duas
filhas Maria Inês e Stella a indescritível felicidade de possuir três netas e
um neto, seus brinquedinhos vivos que o animaram por toda a vida, para não
entediar este preclaro auditório, terminando aqui minha peroração com esta
singela elegia.
Solicito-vos, contudo, permissão para
despir-me do rígido ritualismo acadêmico para falar no tom da amizade e do
coração com o colega de turma, companheiro de bancos da Faculdade por seis
agradáveis anos.
Arthurzinho, o tempo não para e algum dia
Átropos a parca inflexível, silenciosamente, visitará todos os teus pares, cortando-lhes
o fio da vida, que fora tecido por suas duas irmãs, quando então teremos
oportunidade de nos recongraçarmos.
Não precisaremos do barqueiro Caronte
para atravessarmos o Estige, teremos seguramente a tua lhaneza de trato, a tua
magnanimidade de espírito, a tua disponibilidade gratuita, o teu sorriso
generoso, a tua alegria contagiante para nos guiar para mundo melhor, para nos
apresentares ao verdadeiro Deus.
E
aí sim, teremos toda a eternidade para ouvirmos novamente tuas fantásticas
histórias de nambús que se alvoroçavam no esplendor dos primeiros raios das madrugadas quixeramobinenses, diante do
tiro certeiro de tua espingarda.
Certamente não deixarás de comentar a
produção de 50 litros diários do mais gostoso leite da vaca “Mimosa”, forte
concorrente da Nestlé.
Dirás dos enormes peixes de mais de 50
quilos, pescados depois de renhida luta no plácido espelho dágua do silencioso açude
da fazenda, com o teu molinete importado, rememorarás as fabulosas histórias
que teus vaqueiros contavam nas noites prateadas pelo luar de agosto.
Histórias de ciúmes, de traição, de
coragem inquebrantável, inverossímeis que tu gozavas em recontá-las. E,
finalmente, nos deliciaremos com a visão
do teu riso maroto, concluído com uma gargalhada franca, encoberta parcialmente
pelas mãos levadas ao rosto, aquela mão direita com uma flexão parcial do
mínimo, lembrando a mão do pregador, da lesão do nervo ulnar, todas essas
nuances denotando assim, a certeza de que sabías que desconfiávamos mas que não deixavas ser uma
das mais agradáveis companhias da turma de 1964. Até algum dia, querido companheiro.