domingo, 30 de janeiro de 2022

MISSA DE SÉTIMO DIA DO PRESIDENTE DA ACM - AC. PEDRO HENRIQUE SARAIVA LEÃO

 

A Missa de Sétimo dia de nosso Presidente  aconteceu, no dia 27/01/2022, às 19h, na Capela do Colégio Santo Inácio, com transmissão online.

LINK PARA TRANSMISSÃO DA MISSA DE SÉTIMO DIA DO DR. PEDRO HENRIQUE SARAIVA LEÃO

27/01/2022 às 19:00

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      Ac. Janedson Baima - Vice-Presidente da ACM - lendo sua homenagem 

MISSA PH

          Comecei e terminamos juntos. Começava eu, ele já nadava a largas braçadas na liderança da colo-proctologia cearense. O ano era 1974, o mês foi março, o local, os corredores da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, quando tive a Graça – tudo de bom é por Graça – de ser apresentado ao Professor Pedro Henrique Saraiva Leão, pelas providenciais mãos do colega Dr. Sérgio Regadas, que já estagiava com ele, na Clínica Proctológica Dr. Walder Bezerra Sá. 

          Desde então, nunca nos distanciamos muito. Concluí a graduação, bebendo da sua sabedoria, naquele nosocômio e no Internato do HGF. Graduado, comuniquei a ele que tinha alcançado aprovação para Residência Médica em Cirurgia Geral, no Hospital de Ipanema, Rio de Janeiro. Incontinenti, ele me recomendou a um amigo dele, Dr. Miguel Arruda, cearense e proctologista daquele hospital.

          Preciosa recomendação! Dr. Arruda espalhou para todos que eu era “o menino do Pedro”. Também por isso, fui generosamente, acolhido e bem tratado na Cirurgia Geral e, depois, na Colo-Proctologia. Nesse tempo, nos víamos, regularmente, nos congressos e nas minhas férias, aqui em Fortaleza, que eram quase todas dedicadas a auxiliá-lo nas suas cirurgias da clínica privada.

          No retorno a Fortaleza, lá foi “o menino do Pedro” pedir novo socorro. Encontrei a Clínica Proctológica da Casa Santa desativada e me ofereci a ele para reativá-la. Sem vacilo, Dr. Pedro, juntamente com o também querido e inesquecível Dr. Argos Vasconcelos, trataram desse meu pleito junto ao Senhor Provedor. Na semana seguinte, o Serviço estava funcionando com os mesmos 14 leitos de outrora. Desde então, várias gerações de proctologistas já passaram por ali, prestando inestimáveis serviços à população cearense mais carente. Tudo graças a mais um pioneirismo do nosso saudoso Mestre.

          Os senhores e as senhoras já perceberam que, nessa humilde peroração, optei por não tecer justas loas aos seus inúmeros méritos acadêmicos, médicos, científicos, literários, culturais, linguísticos, etc. Tenho tratado mais da sua bondade, humanidade, “cardiomegalia”, fidelidade aos amigos e incontáveis outras virtudes que o Pai Eterno, dadivosamente, concentrou em um único dos seus filhos. Assim o fiz, devido aos inúmeros relatos recentes sobre aqueles e por me calar fundo ao coração, estas últimas.

          Percorremos alguns anos a meia distância, devido à intensa atividade profissional de todos nós. Nesse meio tempo e em grupo, organizamos e participamos de congressos, jornadas, encontros científicos, literários e sociais. Destaco um fato que marcou, de forma indelével, minha vida e da minha esposa Joyce, ele apadrinhou o nosso casamento.

          Até que, nessa última década, fui presenteado por uma reaproximação física, cada vez mais estreita, quando nos pareamos na Academia Cearense de Medicina. Devido às circunstâncias funcionais da arcádia, voltei a beber da fonte original da sabedoria. Nos últimos dois anos, nos falávamos, quase diariamente, ao celular. Tínhamos alguns dias e horários agendados para essas ligações. Eu ficava aguardando esses momentos para me deliciar com seus ensinamentos. Ontem, atualizando a agenda telefônica, passei pelo nome do Dr. Pedro, mas não consegui deletar. Talvez, nunca o consiga.

          Jamais imaginei ser como um seu “imediato” na Academia. Depois de indicado por ele mesmo para a sua vice-presidência, vivi um sonho, não dos méritos ao posto, pois não os tenho – todos são disso testemunhas –, mas por saber que receberia das próprias mãos do meu maior Mestre o galardão do sodalício, em maio deste ano. Destarte, como diria ele, quanta honrosa e desmerecida coincidência me fora reservada. Quis o cruel destino, porém, que isso não sucedesse. Consola-me a plena convicção de que a Vontade de Deus permitiu a antecipação dos fatos por ser o único a conhecer os mistérios da vida e da morte.

          Há precisos 5 meses, ganhamos uma netinha, a Ísis. Pela emoção, escapou-me de eu falar para ele. Desde então, em quase todos os contatos, ele perguntava pela Ísis. Ultimamente, ele perguntava assim: “Como vai a Dra. Ísis? Ela já está clinicando?”. Ele dizia que quem é filha, neta e sobrinha de médicos já nasce quase doutora. Quanta emoção, meu Deus! Agora, você entende, Paulinho, porque eu lhe disse que o meu luto é, hipocrática e humanisticamente, filial?

        Preciso me desculpar por ter me/os traído e tornado essa minha manifestação demasiado pessoal, quando trago para a Sra. Maria das Graças (Mana), esposa e os filhos Ana Luiza, Paulinho e Ignez Carolina, a amiga Luíza Alcântara, todos familiares e amigos, o abraço solidário e comovido dos confrades, confreiras e funcionários da Academia Cearense de Medicina. Tenham como certo que o nosso Presidente Pedro Henrique Saraiva Leão jamais morrerá nas nossas mentes e corações.

          Preciso concluir antes que “o menino do Pedro” receba mais um puxão de orelhas do Mestre. De quando em vez, ele me alertava assim: “Janedson, você até escreve bem, mas seja mais breve. Você estica muito”. E aqui estou eu o desobedecendo, mais uma vez. Desculpem, pois é deveras bom falar sobre ele.

Deus abençoe a todos!

Janedson Baima Bezerra



Alguns flashes da missa

















 



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